Apesar de muitos blogues abordarem quase todas as variações possíveis sobre o afectivo, o abstracto e o material, decidi abrir este. Sem invocar as razões que subjazem a esta decisão, defendo a inconformação face à banditicidade, alegre, ingénua ou consciente, que uns obram na extracção do melhor da vida dos outros. Todos temos algum testemunho pessoal a dar sobre enganos, aliciamentos, informações erradas e manipulações afectivas. Analisemos, filosoficamente, os casos que queiram expor.
quinta-feira, 14 de novembro de 2013
A morte em solitário
20131114
Veio na comunicação social. Aconteceu no país que nos habituámos a dar como exemplo de excelência na organização social particularmente na área dos serviços de saúde e apoio aos seus cidadãos.
Este caso tornou-se notícia porque um cidadão emigrante (desde 1981) argentino esteve dois anos falecido de morte natural na sua casa modesta num subúrbio de Bagarmossen – distrito de Stockholm, Suécia.
Recorde-se como a notícia de uma senhora idosa falecida de morte natural nos arredores de Lisboa e encontrada nove anos depois alarmou o país. Todos se interrogaram de como foi possível!?
Sabe-se que os serviços camarários recolhem regularmente corpos de pessoas falecidas, em suas casas, descobertas por vizinhos ou familiares quando se dão conta do seu desaparecimento e as procuram.
Naturalmente, em todas as regiões do mundo estes casos são decorrentes, com exceção provável nos grupos que vivem na Natureza sem os artifícios citadinos. Nesses grupos o desaparecimento de qualquer membro não passa despercebido um dia quanto mais anos.
Essa atenção deve-se aos laços profundos de aproximação, vivência e empatia ao haver menos distrações e artificialidade nas inter-relações comunitárias e também por um maior cuidado em satisfazer atempadamente as necessidades de sobrevivência inerentes a quem vive em plena Natureza.
A morte faz parte da existência e pode surpreender nas situações mais insuspeitas. Logo, seja em que momento for o ser humano num qualquer dia, desconhecido, estará frente a frente com ela. E sozinho.
Subscrever:
Mensagens (Atom)