domingo, 28 de dezembro de 2014

O liberalismo é como qualquer outra teoria social: funciona umas vezes melhor outras pior, segundo a aplicação prática dos princípios que lhe deram origem. Veja-se como se abateu a monarquia em nome dos ideais de liberdade, igualdade - justiça - e partilha e agora a república que aí temos. Como na «República» platónica um registo de direitos e liberdades manietadas por normas que visam proteger o Poder em oposição ao real bem estar coletivo. E assim continua. Já o liberalismo pretende acabar com essas regras rígidas de modo que seja a própria dinâmica temporal da sociedade a estabelecer a equidade das normas. Recorde-se a comunidade de Rio de Honor. Talvez o sistema jurídico britânico seja um bom exemplo sobre a aplicação da justiça - a real chave da harmonia social. Na Grã-Bretanha o código civil é diminuto, não há um amplo código padrão semelhante ao romano onde todas as situações e soluções se pretendem previstas. No britânico as sentenças são produzidas sobre cada caso vivo, na sua realidade e fazem jurisprudência. Ou seja, uma legislação generalista que  atende à realidade circunstancial dos factos e decide de acordo. Ou seja, funda-se na confiança na capacidade humana de decidir bem o que é melhor à comunidade em cada momento. Neste ideal a evolução das leis acompanha a evolução da própria vida comunitária.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

A sensibilidade pressionada

«Nos anos sessenta, a Universidade de Yale, EUA, reuniu um grupo de voluntários para um estudo sobre aprendizagem e memória, a Experiência Milgram. Antes de começar um homem de bata branca explicava-lhes que tinham de administrar choques elétricos cada vez mais intensos a uma pessoa sempre que se enganasse a recordar uma lista de palavras. No início do teste, o homem que devia exercitar a memória enganava-se, e o responsável pedia ao voluntário para carregar no botão e iniciar as descargas que aumentavam a cada erro. Como a «vitima» estava numa sala ao lado, ouvia-se muito bem. A partir dos 75 volts, queixava-se. entre os 90 e os 120 volts, gritava. Dos 130 aos 150 suplicava que a libertassem. Aos 270 volts, dava gemidos agonizantes. os 300, um grito desesperado... Depois silencia. O que os voluntários ignoravam era que a experiência não era verdadeira. Não havia quaisquer descargas. A vítima na sala ao lado era um ator preparado para simular a dor, Apesar disso, dos 40 indivíduos que participaram no teste, vinte e cinco continuaram a premir o botão até ao fim. Nenhum recusou iniciar o castigo e todos chegaram, pelo menos, aos 180 volts. O que levou pessoas normais a carregarem num botão até poderem matar um indivíduo? Quando lhes perguntaram depois, alegaram que tinham tido boas intenções. Pensavam estar a ser úteis à ciência, ao cumprir as expectativas do responsável pela experiência, e estar à altura  da sua missão ao ajudar quem estava do outro lado da porta a reter melhor a lista de palavras. Contudo, cometeram um erro grave ao delegar a sua responsabilidade moral  e adaptar-se de forma passiva à norma imposta por alguém (em parte, apenas pelo facto de envergar uma bata branca). Isso converteu-os em potenciais assassinos. Outro estudo muito citado sobre a vulnerabilidade humana à influência externa foi realizado em 1951, pelo psicólogo norte americano Solomon Asch, da Universidade de Harvard, EUA. Ao perguntar a um voluntário, quando estavam sozinhos, qual de três linhas de diferente comprimento era igual a outra linha desenhada num segundo papel, este não tinha problemas em responder a verdade evidente. Porém, se o individuo se encontrasse numa fila e os que estavam à sua frente (cúmplices do psicólogo) dessem uma resposta errada, uma grande percentagem dos participantes  assumia o diagnóstico geral e também escolhia essa opção.»
Luis Muiño, Prós e Contras do Conformismo, S.I., Nov. 2014.
Logo, torna-se claro o porquê da mudança radical de sensível para insensível que se opera nos indivíduos que assumem cargos de responsabilidade governamental ou de empresas de grande dimensão. Também explica os prémios astronómicos dados aos gestores quando abandonam os cargos. Pode tirar-se uma simples ilação: se as pessoas são sensíveis porém enganadas pelas justificações apresentadas por alguém cuja credibilidade não é nem convém por à prova, pela pressão exercida por um grupo ou pela a perspetiva de um prémio excecional, então geram a ideia defensiva de que tudo é por bem.
Se esta tese contem elementos correspondentes à realidade do ser humano, como parece, então, mude-se o sistema económico financeiro escravizante para um outro que vise a felicidade dos seres... Palavra de Psicologia...
O Ricardo Araújo Pereira é um indivíduo cujas capacidades muito aprecio e aplaudo. Porém: «Pergunta-se: quem tem mais deve contribuir mais? Eis um daqueles dilemas de solução impossível». Impossível? Ou ironiza ou não compreende que ninguém faz fortuna a menos que os outros façam por ele o que pessoalmente é incapaz de fazer? Enquanto milhões andam dobrados laborando o dia a dia esses «líderes» andam bem empertigados divertindo-se em jogos e prazeres proibidos aos obreiros? Qual a moral que determina que pondo um indivíduo a fazer algo que nem sabe ou imagina como se faz, tem o direito de colher o melhor resultado desse labor? Por exemplo qual a humanidade que sustenta uma CMVM? Onde indivíduos se dedicam a comprar e a vender empresas a seu belo lucro independentemente da miséria que eventualmente provocam? Creio que o Ricardo se afasta destes pressupostos e mantem no interior a mesma aparência exterior de um ser humano por inteiro. «À mulher de César não basta ser séria...»

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

 A revolta nas ruas de Bruxelas: Já lá chegou? E os al capones, autores da situação? Onde estão? É urgente perceber-se que o erro não está nas pessoas. Está no sistema económico e financeiro. Metáfora: as autoestradas com suas baias e vedações são tão seguras que os acidentes são raros. O sistema económico e financeiro se dotado de «baias» e «vedações» adequadas garantiria grande segurança e apenas alguns acidentes menores. Sem lançar nações inteiras na miséria e infelicidade. Enquanto os governos governarem para a economia e finança em vez de para a felicidade dos cidadãos o banditismo e suas consequências permanecerão. O cidadão sabe disto e por isso considera todos os políticos como miseráveis sem escrúpulos.

terça-feira, 12 de agosto de 2014

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A 2 de fevereiro de 1905 nasceu em S. Petersburgo a filósofa e escritora americana Alissa Zinovievna Rosenbaum, mais conhecida como Ayn Rand, falecida em Março de 1982 em Nova York. Ficou famosa esta frase dela, que se aplica como uma luva ao que vivemos em Portugal nos dias de hoje:

"Quando te deres conta de que para produzir necessitas obter a autorização de quem nada produz, quando te deres conta de que o dinheiro flui para o bolso daqueles que traficam não com bens, mas com favores, quando te deres conta de que muitos na tua sociedade enriquecem graças ao suborno e influências, e não ao seu trabalho, e que as leis do teu país não te protegem a ti, mas protegem-nos a eles contra ti, quando enfim descubras ainda que a corrupção é recompensada e a honradez se converte num auto-sacrificio, poderás afirmar, taxativamente, sem temor a equivocar-te, que a tua sociedade está condenada. “
AYN RAND (1950)

domingo, 3 de agosto de 2014

«Que importa a melodia, se acaso aos outros dou, com pávida alegria, o pouco que me sou?
Que importa ao que me sabe estar só no meu caminho, se dentro de mim cabe a glória de ir sozinho?
Que importa a vã ternura das horas magoadas, se ao meu redor perdura o eco das passadas?
Que importa a solidão e o não saber onde ir, se tudo, ao coração, nos fala de partir?» daniel filipe, marinheiro em terra, 1949

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Se um individuo que atingiu mortalmente o filho a tiro - confessando às autoridades ter-se enganado no alvo pois o que pretendia era matar a mãe que o jovem tentou proteger com o seu próprio corpo - é justamente chamado de criminoso por uma morte, alvo de julgamento e condenado a prisão, então, como se deve chamar àqueles indivíduos que com igual deliberação e consciência roubam a vida de milhões de seres - um país! - pela delapidação de seus bens, pela destruição das suas vitais esperanças de felicidade pela família e abrigo, apressando-lhes a morte pela fome e indigência?
Nietzsche na critica à modernidade visava os modelos padronizados para a igualdade democrática. Porém, entendia que tal pretensão só poderia residir no material ou seja perante a lei. Quanto ao demais toda a pessoa é um ser singular. Foi o pensador da diferença. Ao pretender criar um projeto para uma Nova Cultura não fundada no cristianismo foi considerado perigoso. Acreditando que não há dualidade entre os sentidos e a razão criou o conceito de fisiopsicologia pelo qual estabelece que os sentimentos e as ideias são inscritas no corpo: no seu todo o corpo sente e pensa.

terça-feira, 15 de julho de 2014

A modernidade, ao iludir a perceção duma realidade que nos determina trouxe a convicção de que podemos fazer tudo que quisermos. Para isso contribuiu a filosofia nietzschiana libertadora da culpa edénica sobre que se edificou a sociedade ocidental. É verdade que humanidade não nasce culpada de coisa alguma mas também é dolorosamente verdade que não pode fazer tudo o que quer.

segunda-feira, 7 de julho de 2014

A propósito do artigo de hoje no Jornal i «Disciplina Germânica» por Vasco de Ataíde Marques: Um artigo lucido e cristalino. Enaltece tendências, intuições, vocações como se estas qualidades num povo dependessem em exclusivo da sua «vontade» ou do lendário «querer é poder»,  Tenho a convicção de que o Autor sabe e bem que não é exatamente assim. Essa coisa do «querer é poder» é um embuste consagrado pela história da dominação. O que a realidade de milénios nos demonstra é de que nada é «para quem quer mas somente para quem pode». O aforismo para ser justo deveria rezar: «o poder gera a força do querer». Para mim, o factor que determina o maior ou menor êxito de um povo não é intrínseco à organização do coletivo mas sim dependente da região geográfica ocupada - por exemplo, da sua temperatura - e da respetiva riqueza natural, aquela que nenhum humano pode jamais querer produzir. Este o ser humano na sua mais admirável e extraordinária contradição. 

segunda-feira, 30 de junho de 2014

sábado, 28 de junho de 2014

Morrer sozinho não pode ser uma desgraça pois é assim que se nasce e vive: estamos obrigados a viver dentro de nós, daí o termo individuo usado para nos designar. Os outros são apenas a exterioridade, mais ou menos sentida mais ou menos observada, porém, apenas isso.

quinta-feira, 26 de junho de 2014

As pessoas prontas a causar estragos em nome de um «bem» qualquer são tão indesejáveis como uma doença. Se considerarmos que o ciclo da vida se completa com ou sem doença, que adianta a doença? Tal como se todas estão assim destinadas para quê o terrorismo antecipar-lhes o fim? Será, inconscientemente, que as pessoas para perseguir um «bem» obscuro têm de se destruir mutuamente, tal como, afinal, as «mónadas» leibnizianas também por qualquer determinação desconhecida perseguem um «bem» que as dispõe a causar doenças no próprio corpo que em conjunto aglutinaram? Oximóron...

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Cuidado! Não há políticos! Os homens que surgem nas campanhas eleitorais são escolhidos após avaliação e auscultação por quem manda e se preenchem os requisitos pretendidos então recebem autorização e apoio financeiro para se apresentar como candidatos. Portanto, seria um acto de grande patriotismo nas próximas eleições todos votarem nos partidos pequeninos. Os pequeninos eventualmente eleitos, correrão perigo de vida, mas mesmo assim um risco inferior ao assumido por dezenas de milhar de portugueses que, patrioticamente, sem tugir nem mugir, o correram desde a primeira GG até à guerra das colónias. Se não for por este caminho, alguma coisa mudará? Temos de confiar na constituição, no Tribunal Constitucional e nas Forças Armadas que atentas não permitirão derivas ideológicas.

terça-feira, 10 de junho de 2014

2014jun10
No programa Sociedade Civil de hoje (um dos melhores programas de toda a RTP), Jorge Morais afirmou que Portugal é um excelente país com um povo ótimo e, por tradição, vítima de gestores incompetentes. Todos concordamos. Factual há muito tempo. Um outro interveniente (pessoa interessante cujo nome não me ocorre) contrapôs: o problema reside na aposta eleitoral, porque, apesar de os propostos não serem escolhidos pelos portugueses - pois são escolhidos pelos «poderes económicos» - são os portugueses quem lá os põe com o seu voto. Também nisto todos estamos de acordo. Factual! Então, o que nos falta é a coragem de quebrar falsas fidelidades, apostar no diferente e eleger outros que não os propostos. O que é que queremos? Temos medo do PC, do BE, dos Verdes? Daquele? Daqueloutro? O Porto não hesitou ao eleger um independente! Quem sabe quantas boas governações perdidas se antes tivéssemos tido coragem? O segredo: Votar no diferente! Não há que ter medo. A própria estrutura do Estado e suas instituições (por exemplo as forças armadas) segundo a Constituição regulam e freiam aventuras não democráticas. Se votarem nos seus interesses os portugueses obrigam os partidos a respeitá-los e atuar em conformidade.
Nas próximas vamos todos fazer a diferença: perante tanta incompetência - designação suave - qualquer outro pode ser melhor...

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Que sei eu? O que anda é o tapete (rolante) e não a pessoa… porém, apesar disso e por isso, a pessoa anda junto com ele. Nele começamos e nele terminamos como começamos, parados. A coesão universal, simples, espontânea e insuperável é para Leibniz, o Amor; para Kant, o indeterminado «imperativo categórico»; para Galileu, a gravidade; para Nietzsche, o «eterno retorno» … Algo tem de mudar para que tudo continue como foi, sempre!

Responsab ilização

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Procuro compreender porquê se enveredou por esta forma de governação e não outra. 
Para Jean-Jacques Rousseau a índole do indivíduo define-se até cerca dos 12 anos. O que vem seguir e permanece em camadas sucessivas são os hábitos moldados pelas imposições sociais e profissionais. Desta maneira o que factualmente distingue os indivíduos é a «aparência» que o hábito molda. 

Todavia, há um outro aspeto que parece passar despercebido: os indivíduos que chegam ao poder - já determinados em o exercer - acedem, por inerência, a conhecimentos e treino especializados na utilização da aparência subliminal - gestos, palavras, silêncios, pausas - para salvaguardarem os interesses que os catapultaram. E, evidentemente, saborear, sem custos, a real adrenalina das regalias inerentes ao poder. Este é o exemplo que têm recebido e que procuram seguir. Porquê fazer diferente?

Portanto, o candidato que pretenda introduzir mudanças no sistema não só tem de sofrer violências pessoais, como tolerar abusos contra os interesses das pessoas (leia-se do País) sem os poder denunciar pelo risco pessoal que isso acarretaria e ainda governar sem o apoio dado aos seguidistas. Ora, sem apoios, como selecionar cidadãos «decentes» que façam a diferença? E se os aceitarem não irão ser vitimados pelas mesmas situações que fundamentam as críticas?

A política não devia ser uma ocupação reservada a amigos, ociosos e oportunistas. Depois de quatro ou oito anos embolsam largos benefícios pagos pelo País independentemente dos bons ou maus resultados da governação. Esta devia ser profissionalizada para uma justa e adequada responsabilização ou aprovação dos atores. As eleições continuariam, os melhores permaneceriam e os outros passariam a desempenhar quaisquer outros serviços na hierarquia do estado de acordo com as capacidades demonstradas s sem direito a herdarem os privilégios inerentes ao cargo abandonado.  Diz-se que a dignidade do cargo deve acompanhar o individuo durante o resto da sua vida. Então, e qual é a dignidade do cidadão esportulado que não só produz como é o real garante da própria existência do País?
A honra de servir o País tem de ser recompensa bastante para qualquer cidadão. 

 






2014mai07- Adriano Moreira há anos numa entrevista falou da sua relação com Oliveira Salazar. Contou que Salazar queria ouvir pessoalmente as teses que vinha defendendo e escrevendo sobre a melhoria de vida dos naturais do ultramar. Salazar convidou-o a visitar esses territórios – despesas pagas - e a fazer um relatório que refletisse a aplicação das suas ideias. Aceitou o relatório e nomeou um oficial general para dar força ao projeto, continuando todavia Adriano Moreira como responsável factual pela execução e reportando-lhe diretamente. Meses depois Salazar volta a chamá-lo e diz-lhe que há medidas que tem de abandonar. Adriano respondeu que só com a aplicação completa do seu programa se responsabilizaria por ele ou então outra pessoa se encarregue de o executar. Salazar insistiu e acabou por se explicar: Não posso aplicar o seu programa tal como o propõe porque os sustentáculos do seu governo se opuseram seriamente a algumas medidas. Adriano desistiu e o programa não foi por diante. A resposta de Salazar prova que, apesar da fama de ditador para o povo, tinha de negociar quaisquer medidas que brigassem com os interesses que o apoiavam. Conclusão: Houve, há e haverá sempre «famílias» em todas as áreas da governação, sejam pelo sangue, pela oportunidade ou pelo dinheiro. Por razões de ordem natural – mormente bio genéticas – o ser humano não pode possuir os atributos que as religiões outorgam a seu Deus, i.e., omnisciência, omnipresença ou omnipotência. O homem é aquilo que é: animal cárnico quente, perecível, que sobrevive pela ingestão de plantas e de outros seres, exatamente como sucede a qualquer outro animal, diferenciando-se, justamente, numa memória muito mais ampla e nas possibilidades mecânicas de articular sons e fazer objetos. E estas pequenas diferenças têm-nas usado, estupidamente, na destruição sistemática do próprio ambiente que lhe fornece grátis todo o alimento que lhe é vital. .
Não refiro a «verdade» como sinopse circunstancial de acontecimento ocorrido num momento do passado temporal. Refiro as constatações axiomáticas que Chomsky considera firmes e convidava-o, se tal me fosse permitido, a debruçar-se sobre uma questão realmente relevante e latente: o caos substancial, por definição original, movimento gerador de indizíveis e irreduzíveis factos que atenuam ou agravam a perpretação de outros factos, fenómenos constitutivos de um certo estado das coisas no continuo. Logo, o facto e as «verdades» da sua circunstancialidade.

sábado, 5 de abril de 2014

O esforço que as pessoas fazem para encontrar explicações que apaziguem a ânsia gerada pela contradição de atitudes e decisões de quem governa e opiniões de quem não governa tem sido sempre tão prolífero como inconsequente. Não foi a realidade do Todo - que a ciência fatiou em disciplinas geográficas: física, botânica, mineral, zoológica, económica, comercial, politica e, enfim, histórica - que deu origem a sistemas sociais tão opostos como o nazi e o democrático? E o surgimento do democrático por acaso evitou os mesmíssimos problemas que pretendia sanar? Talvez por isso as tentativas de «retificar» os «sistemas» do sistema não resultem. É como se a aplicação de remendos novos em saco velho garantisse o saco um dia vir a ser novo! Pura ilusão. Parece que o caminho deveria ser outro.

quarta-feira, 5 de março de 2014

2014 03 05 Determinação ou solidariedade? A realidade humana é a determinada pela «força» - seja isto o que for - da sobrevivência. São raros os seres possuidores da possibilidade de em alguma maneira a superar, marcando a diferença, enfrentando a adversidade, mantendo-se solidários com os outros. São tão grandes e tão raros que se perdem na neblina das necessidades urgentes: alimentação, continuação da espécie e finalmente do descanso que implica abrigo. Se fosse de outra maneira como se explicaria que passados milénios de filosofia moral e ética os comportamentos e atitudes de hoje em não difiram do passado primordial dado como conhecido?