segunda-feira, 7 de julho de 2014

A propósito do artigo de hoje no Jornal i «Disciplina Germânica» por Vasco de Ataíde Marques: Um artigo lucido e cristalino. Enaltece tendências, intuições, vocações como se estas qualidades num povo dependessem em exclusivo da sua «vontade» ou do lendário «querer é poder»,  Tenho a convicção de que o Autor sabe e bem que não é exatamente assim. Essa coisa do «querer é poder» é um embuste consagrado pela história da dominação. O que a realidade de milénios nos demonstra é de que nada é «para quem quer mas somente para quem pode». O aforismo para ser justo deveria rezar: «o poder gera a força do querer». Para mim, o factor que determina o maior ou menor êxito de um povo não é intrínseco à organização do coletivo mas sim dependente da região geográfica ocupada - por exemplo, da sua temperatura - e da respetiva riqueza natural, aquela que nenhum humano pode jamais querer produzir. Este o ser humano na sua mais admirável e extraordinária contradição. 

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