domingo, 28 de dezembro de 2014

O liberalismo é como qualquer outra teoria social: funciona umas vezes melhor outras pior, segundo a aplicação prática dos princípios que lhe deram origem. Veja-se como se abateu a monarquia em nome dos ideais de liberdade, igualdade - justiça - e partilha e agora a república que aí temos. Como na «República» platónica um registo de direitos e liberdades manietadas por normas que visam proteger o Poder em oposição ao real bem estar coletivo. E assim continua. Já o liberalismo pretende acabar com essas regras rígidas de modo que seja a própria dinâmica temporal da sociedade a estabelecer a equidade das normas. Recorde-se a comunidade de Rio de Honor. Talvez o sistema jurídico britânico seja um bom exemplo sobre a aplicação da justiça - a real chave da harmonia social. Na Grã-Bretanha o código civil é diminuto, não há um amplo código padrão semelhante ao romano onde todas as situações e soluções se pretendem previstas. No britânico as sentenças são produzidas sobre cada caso vivo, na sua realidade e fazem jurisprudência. Ou seja, uma legislação generalista que  atende à realidade circunstancial dos factos e decide de acordo. Ou seja, funda-se na confiança na capacidade humana de decidir bem o que é melhor à comunidade em cada momento. Neste ideal a evolução das leis acompanha a evolução da própria vida comunitária.

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